Rodrigo Amarante

Uma das barbas mais poderosas da música brasileira alternativa, Rodrigo Amarante está de volta ao Brasil com o show Cavalo, álbum lançado no ano passado que alcançou projeção internacional. Após uma turnê mundial que passou por mais de 20 países, o cantor e guitarrista apresenta-se nesta quinta (20) em São Paulo, no Cine Joia.

“O show não mudou muito apesar de ter tido diferentes músicos tocando ao longo da turnê, o que mudou foi a minha relação com as músicas”, afirmou o músico ao Virgula Música.

Dessa vez, Amarante apresenta-se com os músicos que deram a volta ao mundo com ele: Todd Dahlhoff (baixo e teclados), Matt Borg (guitarra e teclados), ambos vindos do Little Joy, e Mathew “Cornbread” Compton (bateria). Em uma nota sobre a volta da turnê ao Brasil, ele promete tocas as músicas de Cavalo, faixas da época da feitura do disco que não couberam na bolacha e músicas novas. Se ligue na nossa conversa com o moço.

O que mudou nesse show após um ano na estrada?

O show não mudou muito apesar de ter tido diferentes músicos tocando ao longo da turnê, o que mudou foi a minha relação com as músicas, a experiência de ver de corpo presente onde e em quem as músicas ressoaram e ter ganho mais intimidade com essas músicas.

Rodrigo Amarante

Rodrigo Amarante

Como é seu dia a dia quando não está em turnê?

Cozinho e como, acordo e durmo, trabalho e descanso, aperto e fumo, saio e volto, leio e fecho o livro, me estico e corro pelo mato.

Do que mais sente falta do Brasil?

É difícil escolher uma coisa só mas falar a minha língua é talvez a maior delas.

Que diferença sente em tocar com músicos do Brasil e dos EUA?

Cada músico é diferente, não acho que o fato de ser brasileiro ou estrangeiro determina muita coisa na forma como tocam depois de ensaiar porque nesse show eles tocam o que está no disco salvo algumas poucas adaptações. É claro que os gringos precisam de uma aulinha de batuque pra chegar no teleco-teco mas quando o músico é bom chega lá assim como a gente chega no jazz e no rock quando quer.

O que te motiva a fazer uma música nova?

Eu preciso de motivação pra fazer outras coisas como lavar a louça, desentupir a pia, renovar o passaporte, escrever é um barato que eu gosto, que me dá prazer e a sensação de servir pra alguma coisa. E viajando com aquilo que escrevo eu vejo que tem quem aprecie então poder continuar escrevendo é uma dádiva, uma maravilha que dou muito valor. Além disso escrever parece ser a busca do próprio motivo pelo qual escrevo então é um quebra-cabeça que só cresce e que sei não se fecha nunca, uma experiência de autoconhecimento e de autoinvenção, cada peça me dá mais um pouco do panorama daquilo que busco desvendar e com sorte, revelar, se não pra mim mesmo talvez pra um outro.

SERVIÇO

Rodrigo Amarante, show Cavalo
Quinta-feira, 20 de novembro
Abertura da bilheteria: 20h
Abertura da casa: 21h
Horário previsto do show: 22h30
Valores:
R$ 80 (inteira)/R$ 40 (meia)
Classificação etária: 18 anos
Cine Joia
Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade
www.cinejoia.tv
Telefone: (11) 3131-1305
Capacidade: 992 pessoas
Locais de venda:
• www.facebook.com/cinejoia na aba “Compre seu Ingresso” e cinejoia.tv/ingressos
• Cine Joia: Praça Carlos Gomes, 82 (segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 18h, e durante o final de semana, a bilheteria só abre em dia de show, 1h antes da abertura oficial da casa).
Site: www.rodrigoamarante.com.br

 


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'Mudou minha relação com as músicas', diz Amarante, que volta ao Brasil com 'Cavalo'