Outlook Festival 2013


Créditos: Gabriel Quintao

No último final de semana aconteceu na Croácia o Outlook Festival. Foram quatro dias e quatro noites com muita bass music e reggae music nos incríveis sistemas de som instalados nos 12 ambientes.

Realizado no Fort Punta Christo, na Croácia, pessoas de todos lugares do mundo curtiram diversas atrações se apresentando ao vivo, com uma ótima estrutura e atendimento nos serviços do festival, sem filas grandes ou qualquer outro empecílho.

No total foram 12 ambientes (dez noturnos e dois diurnos), onde aconteciam as festas, que em sua maioria eram ligadas a uma gravadora ou núcleo/grupo, como se fossem sub-festas dentro do festival. Algumas delas foram Mungo`s Hi Fi, Swamp81, Hyperdub, Numbers, Metalheadz, DMZ e Deep Medi.

Acompanhamos algumas das melhores festas e aqui contaremos sobre a experiência de estar em um festival de cultura grave organizado por ingleses na antiga Iugoslávia.

O primeiro ambiente era o The Clearing, por onde todo mundo passava para entrar e sair do festival, lá Goldie e sua trupe da Metalheadz fizeram a festa na sexta-feira. Já no sábado, o pessoal do pioneiro selo de dubstep inglês, DMZ, não deixou ninguém parado com o grime da revelação de Bristol: Kahn, e Digital Mystikz & Loefah no comando do som.

Com uma forte influência do  reggae, o crew do Reino Unido tocou vários clássicos do dubstep, como Poison Dart, de The Bug & Warrior Queen, que fez a casa cair.

O ambiente principal era o The Harbor, beirando o mar, onde além dos headliners se apresentarem, os barcos das boat parties saíam e chegavam. Por lá tocaram  Clapeton, Mos Def, Pharcyde, Mala in Cuba, David Rodigan, Rustie, e os maiores nomes do drum n bass – que se mantém forte no gosto dos ingleses – Andy C, Shy FX, e LTJ Buken & Stamina MC.

The Moat era um corredor (formado por duas paredes gigantes de pedra) e ao longo dele quatro pares de colunas de som. O grave era um dos melhores do festival. Lá se apresentaram os crews da Tectonic, Hyperdub, Dispatch, e Critical Records. Conseguimos acompanhar poucas atrações, pois esse era um dos ambientes mais concorridos – e geralmente estava lotado, mas podemos destacar a apresentação de Addison Groove, com uma nova versão para a famosa Footgrab.

A pista Outside the Fort foi palco para o dubstep mais clássico, tocado pelas mãos de Pinch e Loefah, até o novo house com bassline – que vem ganhando mais espaço. A maior lotação do ambiente aconteceu na festa da Swamp81, com apresentações de Pinch, Boddika, e do chefão do selo: Loefah.

O ambiente Mungos’s Arena era um dos poucos que precisaram ter um controle de quantidade de pessoas, por isso em alguns momentos tinha uma fila para entrar. Infelizmente nas apresentações de dBridge e Mala, a fila estava grande e não andava: ficamos pra fora. Por lá também se apresentaram os artistas dos selos Exit Records, Deep Medi Musik, Rinse FM, além dos donos da casa Mungos Hifi e seus convidados.

The Courtyard, Noah`s Ballroom e The Dungeon eram ambientes muito próximos e bem menores. Salas escavadas em uma pedra gigante com um clima muito propício para o drum’n bass obscuro que tocava por lá.

Durante o dia, com um sol muito forte, aconteciam as festas na praia e nos barcos. Acompanhamos as festas nos barcos do Channel One Soundsystem, dedicado a reggae music, e da Hyperdub Records, voltado para bass music, com UK funky e garage.

Channel One Soundsystem

Por todo festival também pudemos ver as intenvenções visuais da artista inglesa ashes57, que costuma fazer a arte gráfica de várias capas de discos dos selos mais aclamados da bass music.

Foram ótimos momentos na linda Croácia, sempre acompanhandos por grandes artistas da reggae e bass music, com o suporte de uma estrutura impecável. Bem que poderíamos ter algo semelhante no Brasil, que também dispõe de lugares com lindas paisagens. Enquanto isso não acontece considere passar suas próximas férias por lá, principalmente se for na época do festival Outlook.


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Outlook festival leva cultural do grave à Croácia