Desde que assisti Never Say Never, o filme em 3D do Justin Bieber, me identifiquei com ele. Foi pela sua história de vida. Pelo seu talento. Por ser um humano iluminado.

Não sabia bem se o show seria a melhor coisa a se assistir. Insisti para ser credenciado no domingo (09). Consegui.

Saí do plantão do Virgula rumo ao Morumbi e lá encontrei, não poderia ser diferente, fãs alucinados.

Famílias com filhos no colo presentes ao estádio para curtir o show. Isso foi emocionante.

Não tive a oportunidade de ir a um show grande com meus pais. Sequer com o meu irmão. No ano em que nasci, 1985, o lance era rock’n’roll. Show pesado. Não poderia ir.

Por causa da pouca idade, deixei de ver, por exemplo, Raimundos no extinto Hollywood Rock. Justin Bieber conseguiu o que eu queria ter vivido na minha infância.

Bieber, para mim, é igual ao ilusionista Chris Angel. Por onde os dois passam atraem multidões. Promovem espetáculos. E, com certeza, mudam as vidas das pessoas (Never Say Never, people).

O SEGUNDO SHOW EM SÃO PAULO

Justin Bieber subiu ao palco após uma contagem regressiva no telão. Aí eu pensei: “Meu Deus, o que estou fazendo por aqui?”.

A sua atuação na primeira música já diria tudo: um pouco de playback. Ele cantando partes de uma canção. E a galera em polvorosa.

O show, que contava com 60 mil pessoas presentes, não empolgou nem a mim e, provavelmente, nem a Bieber.

Várias vezes ele pediu para a galera gritar nomes de músicas dele. Eu só ouvia gritos baixos, muito baixos, para a quantidade de pessoas presentes no estádio do Morumbi.

Minha colega de Virgula, Luciana Rabassalo, que fora ao show do sábado, havia me contado durante o plantão de domingo: “Saí surda da apresentação”.

Esperava mais da plateia. Uma gritaria sem fim. Infelizmente, até nos shows que anteciparam a entrada de Bieber, a coisa foi morna. Saí ouvindo o meu pensamento.

PICOS DA APRESENTAÇÃO

Vi a galera praticamente vaiar Lonely Girl. Pura inveja da garota que estava no palco. O que mais me envergonhou do segundo show em São Paulo foi JB pedir inúmeras vezes para a galera gritar “Baby” – canção que ele cantaria com certeza, mas queria ouvir o agito do público antes.

Apesar da empolgação, a molecada não entendia o que Bieber queria dizer. Às vezes, a falta de resposta da plateia afetava Bieber – ele fez alguns trejeitos de insatisfeito. Você, que foi ao show, poderia ter gritado um pouco mais, hein…

APÓS O SHOW…

Lindo mesmo foi ver famílias reunidas. Pais e mães com seus filhos. Em alguns momentos do show quase me emocionei. Era maravilhoso ver fãs chorando. Tive que me conter pra não embarcar junto.

Melhor ainda foi ver duas gêmeas, a meia hora do término do show, chorando e falando para a mãe: “Eu estou emocinada. Eu vi Justin Bieber. Posso chorar?!”. Claro, meninas.

Nasci em uma família que gostava de Roberto Carlos. Erasmo. RPM. Elvis Presley…

Poderia virar a cara para Justin Bieber. Não fiz isso. Apesar do meu preconceito inicial, ele me conquistou com a turnê Never Say Never.


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Podem dizer o que for, Justin Bieber emociona até roqueiro calejado