Aos 25 anos, Diego Shaman vem despontando como um novo talento da música no estado do Rio de Janeiro. Morador de São Gonçalo, município da região metropolitana da capital, Diego deixou o posto de baterista da banda Catch Side para se dedicar à carreira solo, fundada basicamente no samba-rock e em composições próprias. Na entrevista a seguir, Diego fala dos novos rumos e desafios da carreira. Leia:

Como aconteceram seus primeiros contatos com a música, ainda na infância? O que costumava ouvir?
Meus primeiros contatos foram na infância. Ouvi muita coisa legal dos anos 70, 80 e 90 através do meu pai e dos amigos que enchiam a minha casa de alegria e belíssimas referências. Me lembro de ter ouvido uma vez e ter pedido pra ouvir mais outras setecentas os discos “A Tábua de Esmeralda” do mestre Jorge Ben Jor, “Racional” do saudoso Tim Maia, “Ghost in The Machine”  da banda The Police e tantos outros. Esses discos quase furaram (risos)! É sério, ouvi artistas muito bons de lá para cá e devo isso ao meu pai, que me forçou indiretamente a ouvi-los e compreendê-los.

Hoje, que instrumentos você toca?
Hoje o meu instrumento é a voz. Estou estudando, me dedicando para evoluir . A bateria foi o meu primeiro instrumento, instrumento que eu me dediquei dos 10 anos até os 23 anos. Eu amo tanto quanto amo compor, e por isso toco um pouquinho de violão pra ter uma base pras letras.

Quando era mais novo, você sempre quis viver de música ou pensava em trabalhar em outra área?
Nunca pensei em nada a não ser música. Isso já me comprometeu com anos letivos, namoros e etc. Demorei a entender que o “plano B” é necessário, já que até então era só música e música!

Hoje você compõe e toca basicamente samba-rock, certo? Quais são suas influências nesse estilo?
Sim. Meu som tem influências que passeiam pelo samba-rock, soul, funk music, reggae, afoxé e etc. No samba-rock, eu sempre absorvi muito do som do Jorge Ben Jor, que é sem dúvida o meu maior ídolo nacional. Ouço muito e respeito muito Wilson Simonal e Bebeto também.

Antes você era baterista de uma banda. A bateria agora está de escanteio?
Jamais. Ainda gravo algumas coisas como baterista e onde vejo uma batera quero parar pra fazer um som!

Que retrato você faz da cena musical em São Gonçalo?
Na minha cidade se ouve de tudo. Estou habituado a ouvir aquele sambinha de raiz que o vizinho põe pra rolar na manhã de domingo, o cheiro de churrasco mais à tarde traz um MPB de altíssima qualidade… Enquanto passa um carro com um “pancadão” no último volume, aqui em casa rola um samba-rock. A minha cidade é esse mix de sonoridades e personalidades.  

Você está trabalhando em algum projeto?
Estou há pouco mais de um ano, com muita paciência e carinho, gravando algumas das minhas músicas num formato banda, não mais solo. Estamos muito animados com o resultado. A banda ainda não tem nome e estamos contando com a participação de máxima energia de Fernando Vidal, Rogério dy Castro e Ricardo Brazil, entre outros músicos e amigos. A banda é composta por mim no vocal, Dudu Senna (bateria) e Thiago Maximiliano (guitarra/cavaco). Vamos lançar um single antes do Carnaval 2014 e começaremos a trabalhar o EP logo em seguida. Conto com a energia e balanço de vocês. Muita luz!


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Promessa do samba-rock, Diego Shaman fala de seu primeiro EP; leia entrevista