Nos últimos anos, o duo Killer On The Dancefloor se tornou um dos destaques na nova cena eletrônica do Brasil.

Com remixes de artistas como M.I.A. e Phoenix no currículo, aos poucos ganharam nome nas pistas mundo afora, e foram convidados para integrar o line-up da primeira edição do festival Lollapalooza no Brasil, no próximo mês.

Com as turbinas aquecidas para a performance no festival de Perry Farrell, a dupla formada por Philip A. e Fatu acaba de lançar Criminal, o disco de estreia do Killer (disponível aqui).

Misturando timbres roqueiros com o electro característico do projeto, o álbum é eclético, uma perfeita representação do que, como revelou Philip A. em entrevista exclusiva ao Virgula Música, é o Killer On The Dancefloor: “Gostamos de bagunça na cabine”.

Virgula Música: Apesar de ser um disco com produção eletrônica, Criminal é um disco relativamente roqueiro, com timbres distorcidos, e vários elementos de música “orgânica”. Era essa a intenção de vocês?

Philip A.: Tínhamos em mente traduzir o que a gente gosta. Não somos um projeto que pensa “ah, queremos tocar house” ou “queremos tocar techno”. Gostamos de electro, de house, de rock, de techno, de hip-hop, de várias influências que quisemos passar nesse álbum.

Virgula Música: Criminal tem várias parcerias com vocalistas, como a Alê do Copacabana Club, o rapper Cabal e o cantor Thiago Pethit. Como funcionaram essas colaborações? Vocês produziram as músicas com os convidados, ou prepararam tudo e só convidaram eles para cantar?

Philip A.: Fizemos um pouco dos dois. Teve músicas que começamos do zero com o convidado, como foi com o Dada Attack [na faixa Zombie Attack]. Na música Pula Grita, só mandamos a batida pro Cabal, que devolveu com os vocais, que editamos para ficar como queríamos. Cada música funcionou de um jeito.

Virgula Música: Em abril vocês tocam na estreia do Lollapalooza no Brasil. Vocês acham que vão ter espaço para apresentar o trabalho de vocês para quem não conhece, ou podem ficar ofuscados por outros artistas, por ser um festival tão grande?

Philip A.: Desde que começamos [em 2008] tocamos em algum grande festival, e percebemos que os brasileiros geralmente vão pra ver o headliner e acabam ficando para ver outras coisas. Então justamente por ter tantos artistas, às vezes uma pessoa que nem te  conhece está lá na tenda enquanto você toca, acaba gostando do som e virando fã.

Virgula Música: E como vocês montam uma apresentação ao vivo do Killer On The Dancefloor?

Philip A.: Quando tocamos em festivais, montamos nosso palco como se fosse uma banda mesmo, com bateria eletrônica, sintetizadores, microfones, etc. Em clubes não há espaço, e aí fazemos um set como DJs mesmo. O repertório atual é um híbrido de músicas do Criminal, em versões repaginadas exclusivamente para o live show com outras músicas.

Virgula Música: O disco vai ser lançado oficialmente nesta sexta-feira (16) em uma festa no Bar Secreto, em São Paulo. Prepararam alguma coisa especial?

Philip A.: Essa festa é uma forma de reunir todos os amigos, todos que apreciam nosso som, e convidamos vários outros projetos que gostamos, porque gostamos de bagunça na cabine (risos). 


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Pronto para o Lollapalooza, Killer On The Dancefloor lança disco de estreia: "Gostamos de bagunça na cabine"