Pioneiro nas mestiçagens entre metal e gêneros brasileiros com o clássico álbum Roots, de 1996, o Sepultura se juntou a Zé Ramalho para formar o que eles mesmos chamaram de Zépultura. E deu certo. A plateia de preto cantou Admirável Gado Novo sem constragimentos, pelo contrário, rolou um orgulho.

Talvez seja a comprovação de que a cabeça dos fãs de rock pesado esteja se abrindo, se lembrarmos de episódios contrangedores envolvendo vaias e “chuvas” de objetos não identificados do qual padeceram Erasmo Carlos, Lobão e Carlinhos Brown em edições anteriores.

Esquisitas foram imagens do VJ, que lembravam vídeos do Power Point, como campos de girassóis “representando” Zé Ramalho. O encontro merecia algo mais artístico, até por que ele já havia sido anununciado há meses.

Musicalmente foi rico e reforçou a ideia de que o sertão também é pai do rock. Pelo menos em nosso país. Afinal, não existe nada mais heavy que a seca, a fome, a corrupção e a política brasileira.


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Rock in Rio 2013: 'Zépultura' mostra que o sertão também é pai do rock