Milton Nascimento

Pela primeira vez com dois dias, o Coala Festival volta ao Memorial da América Latina. Milton Nascimento, que nos concedeu entrevista exclusiva, e Gilberto Gil são as principais atrações de cada dia.

No sábado (1), as atrações são francisco, el hombre, ÀTTØØXXÁ, Baco Exu do Blues e Xenia França e Gilberto Gil e Academia da Berlinda, com participação especial da cantora Lula Lira, filha de Chico Science.

No domingo chegam Mano Brown, Johnny Hooker, Luedji Luna, Rubel. Completam a escalação: Bloco Ilú Obá de Min com Juçara Marçal e Elza Soares e Milton Nascimento, com participação especial de Criolo.

Leia nossa conversa com o gênio da música, dono de umas das vozes mais bonitas e conhecidas do mundo. Milton, que prepara um disco de voz e violão, falou sobre o trabalho novo, a cena atual, referências estéticas e outros assuntos:

Como surgiu o conceito do disco que você vai lançar, violão e voz?
Milton – Esse é um trabalho que a gente vem fazendo já tem algum tempo, especialmente ao lado do Wilson Lopes, que me acompanha há anos e também dirige minha banda. Tínhamos esse projeto em andamento até que meu filho, Augusto (que também gerencia minha carreira), decidiu que era hora de lançar. Esse álbum vai apresentar algumas de minhas canções em um formato acústico. Um lance mais voz e violão mesmo… Por enquanto é isso que posso adiantar, logo mais ele tá por aí e eu espero que vocês gostem. Tá sendo feito com muito carinho.

Sua obra é muito diversa, em temáticas e sonoridades, como faz para não se repetir?
Milton – Na verdade não sou de ficar pensando muito nesse tipo de coisa. Procuro fazer tudo do jeito mais natural possível. E quando eu quero fazer algo vou lá e faço. Não tem muito segredo, se o lance me emocionar eu vou junto.

Você sempre faz muitas parcerias… o que tem a dizer sobre quem acha que a música atual não é tão boa quanto a da sua geração?
Milton – Acho que cada pessoa tem sua própria opinião sobre as coisas. Assim como eu acredito que cada um tem que fazer aquilo que se sente melhor fazendo.

O que está rolando de mais interessante na música hoje, na sua opinião?
Milton – Tem muita coisa, aqui no Brasil, por exemplo, sempre aparece alguém que impressiona a gente. Alguns nem tanto, claro, mas isso é normal.

Quais são suas principais referências estéticas?
Milton – Eu comecei a compor mesmo pra valer quando vi o filme Jules et Jim, do Truffaut, junto com meu amigo Márcio Borges num cinema de BH, em 1964. A partir disso, tudo quanto é forma de arte que me emocione pode influenciar diretamente na minha vida. Cinema, teatro, música, tudo que me toca de verdade pode servir como uma forma de inspiração.

Quais são seus valores essenciais?
Milton –  Amizade. Isso pra mim é uma coisas mais importantes na vida. Sem amigos eu não sou ninguém.

Que dica daria a um iniciante.
Milton – Sonhar, sempre.

SERVIÇO

Coala Festival 2018
Quando: 1 e 2 de setembro
Onde: Memorial da América Latina – Praça Cívica Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda, São Paulo
Quanto: – Um dia de evento (1 ou 2 de setembro): 3º lote: 1 de setembro: R$ 85,00 (meia-entrada*) e R$ 170,00 (inteira) 2 de setembro: R$ 95,00 (meia-entrada*) e R$ 190,00 (inteira) – Passe Coalático (dois dias de evento): R$ 170,00 (valor único) *O valor de meia-entrada também será aceito para quem doar 1kg de alimento não-perecível
Ingressos: https://www.totalacesso.com/evento/coala_festival_2018

Milton Nascimento

Milton Nascimento
Créditos: Loiro Cunha

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'Tudo que me toca pode ser inspiração', diz Milton Nascimento

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