O cineasta taiwanês Ang Lee e seu colega alemão Wim Wenders classificaram nesta quinta-feira a técnica do 3D como uma grande oportunidade não só para documentários, mas também para filmes de ficção, durante uma cúpula de produtores realizada na Academia das Artes de Berlim.

“É uma ferramenta fantástica para contar histórias. O 3D transporta o espectador de forma direta ao interior de uma cena”, disse Wenders, de 67 anos.

Por sua vez, Lee, de 58 anos, que apresenta atualmente seu primeiro filme em 3D, Aventuras de Pi, falou de um “país das maravilhas” ao se referir à técnica. Lee afirmou que ainda levará tempo até que realmente se consiga dominar de forma satisfatória as três dimensões.

“Acredito que no poder das histórias, tanto em 2D, como em 3D. Espero que ambas as formas possam conviver no futuro”, declarou o cineasta taiwanês.

Em Aventuras de Pi, Lee conta a história de um jovem que consegue sobreviver a uma catástrofe em pleno oceano e acaba em um bote salva-vidas apenas na companhia de um tigre. “Acho que não poderia ter rodado o filme de outra maneira que não em 3D. Constantemente, sentia um grande medo. A filmagem foi um enorme processo de aprendizagem para mim”, contou o cineasta.

Wenders, que já rodou em 3D seu documentário Pina, sobre a coreógrafa alemã Pina Bausch, criou com a mesma técnica a série de televisão Cathedrals of Culture. Em seu próximo filme, Everything Will Be Fine, cuja filmagem começará em breve, o diretor tem a intenção de desenvolver ainda mais a técnica 3D.


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Ang Lee e Wim Wenders preveem crescimento do cinema 3D