“E você Nando, jantou o quê hoje? O Arlindo Cruz?”, diz Julia, personagem de Dani Calabresa a Nando, vivido pelo ator Thogun Teixeira quando o reencontra depois de 20 anos. A piada, que não estava no roteiro, foi uma das que foram improvisadas nas filmagens da comédia Superpai, do diretor Pedro Amorim (Mato sem Cachorro). “O politicamente incorreto é um diferencial do filme”, disse o diretor na coletiva de imprensa. Mas esse politicamente incorreto ganhou roupagem mais leve do que a da história original, bem mais “chocante”, pesada.

Tanto que havia uma cena do roteiro original em que mostrava Mariana, personagem de Mônica Iozzi, ‘cavalgando’ em cima do marido, Diogo (Danton Mello), gritando com um vibrador na mão. E a missão de Diogo era fazer sexo anal com a paquera de escola. Nada disso entrou na versão que chega às telas nesta quinta-feira (26).

“Tivemos que suavizar, humanizar o personagem do Danton Mello, que era muito mais filho da p****”, disse Pedro. Danton Mello, quando recebeu o convite, achou que faria um filme a que as filhas poderiam finalmente assistir, mas a impressão se desfez depois de saber do que se tratava.  “Quando eu li o roteiro, achei que o filme tinha que ser mais família”, conta o ator.

Adaptado de um roteiro norte-americano, que a Universal Pictures adquiriu, o filme acompanha Diogo numa aventura com os velhos amigos para encontrar o filho de seis anos, Luca. Líder da turma, ele está determinado a provar que, mesmo casado, “ainda é o cara”, e transar com sua paquera da época, o que ele não conseguiu há 20 anos.

Um tombo da sogra obriga a neurótica Mariana a correr para o hospital e deixar o pequeno Luca sozinho com o pai. Para tentar ir à festa, ele descola uma creche noturna,  onde ele deve buscar o filho antes das dez da noite. Ele consegue voltar a tempo, mas leva a criança errada.

A partir de então, ele vai se meter em várias encrencas que envolvem um pensionato de freiras, coreanos, traficante de drogas e trabalho escravo. Tudo na companhia de seus três melhores amigos de adolescência: o escroto César (Antonio Tabet), a viciada em sexo Julia (Dani Calabresa) e o contido Nando (Thogun Teixeira).

No elenco estão ainda, Juliana Didone, no papel de Patrícia Ellen, Rafinha Bastos, como um traficante, Danilo Gentili, que faz um participação como policial, e Nicole Bahls no papel dela mesma.

 


int(1)

Com roteiro adaptado, Superpai aposta no politicamente incorreto leve

Sair da versão mobile