A história do cativeiro de Ingrid Betancourt finalmente ganhará formato cinematográfico em Hollywood a partir de dois pontos de vista opostos, o da própria vítima e o de seu ex-marido, Juan Carlos Lecompte, informou hoje The Hollywood Reporter.

A produtora The Kennedy/Marshall adquiriu os direitos para fazer um filme baseado no livro autobiográfico de Ingrid, Não há silêncio que não termine, cujo texto já está sendo adaptado para um roteiro.

Já a cineasta Betty Kaplan se interessou pelo drama da ex-candidata a presidente da Colômbia sequestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) do ponto de vista do homem que foi marido de Ingrid durante os mais de 6 anos que passou na floresta.

Betty garantiu os direitos para contar na tela as histórias dos livros Ingrid e eu, uma liberdade agridoce e Buscando Ingrid, nas quais Lecompte narra seus esforços para encontrar sua mulher, da qual terminou se divorciando pouco depois do resgate entre acusações mútuas de infidelidade.

O filme autobiográfico sobre as ex-candidata será focado exclusivamente no cativeiro e na libertação, enquanto o projeto baseado nas obras de Lecompte falará do drama e do amor de quem a buscava.

“Nunca vi um homem lutar tão duro pela liberdade de sua mulher. Me irrita o jeito com que ela o tratou desde o momento em que desceu do helicóptero (após o resgate)”, comentou Betty, que ainda não sabe se fará um filme, uma série para televisão, ou ambos os projetos.

Em 2 de julho de 2008, 15 reféns das Farc foram libertados em uma intervenção militar realizada pelo Exército da Colômbia, entre eles Ingrid Betancourt, que era candidata à Presidência do país e que ficou mais de 6 anos em poder do grupo armado.


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Hollywood tem dois projetos sobre o cativeiro de Ingrid Betancourt