Veja imagens de A Origem, com Leonardo DiCaprio


Créditos: divulgacao

Para muitos (inclua nessa fatia vários nerds) Christopher Nolan é um gênio, para outros um canastrão (inclua nessa muitos críticos de cinema arrogantes). O fato é que, quando A Origem estreou nos cinemas norte-americanos em julho e no Brasil em agosto, o filme caiu no gosto de muita gente e foi motivo de debates em várias mesas de bar. Muitas apostas para o Oscar 2011 foram feitas pro longa que arrecadou US$ 27,5 milhões só no primeiro final de semana.

No entanto, mais de seis meses depois, o mundo foi surpreendido com a esnobada que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas deu no diretor de Batman – O Cavaleiro das Trevas. O filme foi indicado em oito categorias, incluindo Melhor Filme (porque a lista tem 10, que fique bem claro) e merecidamente nas categorias técnicas, mas foi sumariamente ignorado em Melhor Diretor e Melhor Edição. Como sabiamente disse Ana Maria Bahiana, crítica de cinema do UOL, o filme não se dirigiu sozinho e a não-indicação foi uma grande falha dos votantes.

A Origem, segundo Nolan, “foi definido dentro da arquitetura da mente”. Dom Cobb, interpretado por Leonardo DiCaprio, rouba segredos valiosos de dentro do inconsciente durante o estado de sono, quando a mente se encontra mais vulnerável. Sua rara habilidade o tornou um perito cobiçado no novo ramo da espionagem corporativa, mas também o transformou em um fugitivo internacional e o levou a sacrificar tudo aquilo que amava.

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Quando tudo parece perdido, Cobb tem uma chance de redenção. Uma última oferta de trabalho poderá lhe devolver sua vida normal, mas para isso ele deverá encontrar o que é impossível – a origem. Ao invés de executar um assalto, Cobb e sua equipe de especialistas precisam realizar o inverso; sua missão não é roubar uma ideia e sim plantar uma. Se conseguirem, pode ser o crime perfeito.

O elenco conta ainda com um time de primeira. Além de DiCaprio, o filme traz os vencedores do Oscar Michael Caine e Marion Cotillard e os indicados Tom Berenger, Pete Postlethwaite, Ken Watanabe e Ellen Page. Tom Hardy, que interpretou o falsificado Eames, foi considerado uma revelação, tanto que já foi confirmado no próximo filme de Nolan, Batman – The Dark Knight Rises, com o vilão Bane, assim como Joseph Gordon-Levitt.

Curiosidades

Veja abaixo várias curiosidades (e são muitas) de A Origem, “gentilmente roubadas” do IMDb (Internet Movie Database) e traduzidas para o Portal Virgula, e o trailer logo abaixo:

Durante a produção, detalhes da trama foram mantidos em segredo. Christopher Nolan, que escreveu o roteiro, o descreveu como um thriller sci-fi de ação contemporâneo “definido dentro da arquitetura da mente”.

O estilo labiríntico do logotipo do filme lembra o logotipo da empresa de Christopher Nolan, a Syncopy.

Evan Rachel Wood era a primeira opção de Christopher Nolan para interpretar Ariadne, mas a atriz não aceitou. Nolan considerou chamar Emily Blunt, Rachel McAdams e Emma Roberts, mas preferiu Ellen Page.

James Franco estava em negociações com Christopher Nolan para interpretar Arthur, mas teve que desistir por conflitos de agenda. O papel acabou com Joseph Gordon-Levitt.

A Origem é o primeiro de Christopher Nolan desde sua estreia, Following (1998), que é uma obra completamente original. Todos os seus filmes são remakes ou baseados em histórias em quadrinhos, romances ou contos.

Leonardo DiCaprio era a única opção de Emma Thomas e Christopher Nolan para o papel de Cobb.

O nome do personagem de Leonardo DiCaprio é o mesmo de um dos personagens principais do primeiro filme de Nolan, Following (1998). Além disso, ambos os personagens têm a mesma profissão – eles suspostamente são ladrões.

A música Non, je ne regrette rien, de Edith Piaf, é usada no filme como um dispositivo de alerta. Marion Cotillard interpretou a cantora em Piaf – Um Hino AO Amor (2007) e ainda ganhou o Oscar. No entanto, Christopher Nolan afirmou que era “pura coincidência”. Após Cotillard ser escalada, Nolan resolveu mudar a música para evitar especulações sobre o assunto, mas o compositor Hans Zimmer o persuadiu a mantê-la.

Este é o terceiro filme de Christopher Nolan em cinco anos em que a personagem de Cillian Murphy passa grande parte do filme com um saco de pano na cabeça. Os anteriores foram Batman Begins e Batman – O Cavaleiro das Trevas, em ambos como Jonathan Crane / Espantalho.

Yusuf é a forma árabe de Joseph, a figura bíblica do Gênesis 37-50, que tinha o dom de interpretar sonhos. Ele foi vendido por seus irmãos ao faraó. Por meio de seu dom, ele ajudou a Faraó a se preparar para o desastre dos “sete anos de vacas magras” e foi premiado pelo resultado. O mesmo personagem também é um profeta no Alcorão. No filme, o intérprete dos sonhos é vivido por Joseph Gordon-Levitt.

Ao contrário do que foi publicado em vários veículos de comunicação, Hans Zimmer não compôs a música que aparece no terceiro trailer do filme. A faixa, intitulada Mind Heist, foi composta por Zack Hemsey.

De acordo com o diretor de fotografia Wally Pfister, os executivos da Warner Brothers negociaram com Christopher Nolan para fazer o filme em 3D, mas ele recusou a ideia, alegando que “isso iria distrair a experiência de contar as histórias de A Origem”.

Assim como no filme anterior de Christopher Nolan, Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008), nenhuma equipe da segunda unidade foi contratada para fazer o filme. Todos as gravações foram feitas por Nolan e seu habitual diretor de fotografia, Wally Pfister.

Joseph Gordon-Levitt fez tudo durante a cena da luta no corredor. Não foi preciso nenhum dublê.

Assim como o personagem de Cillian Murphy foi chamado Robert Fischer Jr. como homenagem ao campeão de xadrez Bobby Fischer, sei pai (Pete Postlethwaite), Maurice Fischer, foi também outra homenagem. Desta vez ao artista gráfico holandês M.C. Escher (nome completo Maurits Cornelis Escher), cuja arte foi claramente uma inspiração para muitos dos efeitos especiais no filme.

Inclusive, a “escada Penrose” (com uma mulher jogando papéis), que Arthur mostra a Ariadne, é uma referência a uma impressão de litografia de Escher. A impressão é geralmente chamada de “Ascendente e Descendente” ou “A Escada Infinita”, e foi impresso em março de 1960; Escher é bem conhecido por seus desenhos que exploram ilusões de ótica e reais os princípios da arquitetura, matemática e filosofia de forma fantástica.

Ariadne, na mitologia grega, era filha do rei de Creta, Minos,  e de sua rainha, Pasífae. Ela salvou Teseu dando-lhe um novelo de linha (o famoso Fio de Ariadne) para que ele pudesse encontrar o caminho de volta do labirinto do Minotauro. O nome também é uma referência à criação de Hugo von Hofmannsthal do mito para a ópera de Richard Strauss, Ariadne auf Naxos (1988). A ópera é uma peça dentro de uma peça, assim como o filme é um sonho dentro de um sonho.

A personagem de Marion Cotillard é chamado de ‘Mal’, abreviação de ‘Malorie’, um nome derivado de “Malheur”, palavra francesa que significa desgraça ou infelicidade. ‘Mal’, a versão mais curta significa errado/ruim ou mal (quando um substantivo), em francês, assim como em alguns outros idiomas latinos.

Uma série de números aparece durante todo o filme: o número que Fischer dá a Cobb/Arthur é 528491, os dois quartos do hotel utilizados são 528 e 491, o número que Eames (quando está disfarçado de mulher) dá para Fischer é 528-491, a combinação do bunker inicia com 52 e a combinação do cofre é 528-491. Isso tudo é para reforçar a importância do número ao longo do filme.

Assista ao trailer:


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Oscar 2011: Veja algumas curiosidades de A Origem, de Christopher Nolan