Roberto Justus se arrependeu. O empresário dará uma segunda chance, a partir desta segunda-feira (1), a 16 ex-participantes de edições anteriores do reality show O Aprendiz, da TV Record.

“Me arrependi de algumas poucas demissões. Olhando depois, percebi que alguns candidatos cometeram erros pontuais na hora exata da minha decisão e acabaram demitidos, mas, no quadro geral, tinham se saído melhor do que seus adversários”, pontua o apresentador em entrevista ao Virgula.

Nesta edição, os candidatos (veja a lista completa na galeria) concorrem a um prêmio de R$ 1 milhão e a uma vaga com salário de R$ 20 mil em uma das empresas de Justus – pelo menos por um ano. Na banca de jurados, Walter Longo e Renato Longo.

Dono do Grupo Newcomm, Justus afirmou, no passado, que seu objetivo era ser “o Donald Trump brasileiro”. O controverso bilionário norte-americano, no entanto, ganhou fama por suas posições políticas conservadoras, temperamento forte e extravagâncias financeiras. Entre outros empresários que admira estão outros dois bilionários: Warren Buffet e Bill Gates, pela “visão de negócios e preocupação filantrópica”.

O próprio Justus é, digamos, pé no chão no que diz respeito a dinheiro. Questionado se entrar para o clube dos bilionários está em seus planos, ele descarta. “Meu objetivo não é entrar para a lista dos maiores bilionários do país. Ser citado como um dos líderes mais admirados do mundo pelos jovens brasileiros me traz muito mais realização”, diz.

Quando o assunto é política, Justus é mais cuidadoso que sua “versão” norte-americana. “Sou absolutamente crítico em relação aos políticos comprovadamente envolvidos com corrupção, independentemente da legenda de seus partidos”.

Por aqui, o último destaque de Roberto Justus na mídia se deu por sua separação da apresentadora Ticiane Pinheiro. Ele já apareceu desfilando com outra beldade por eventos. Ela, por outro lado, deu declarações magoadas à imprensa, queixando-se sobre as dores do divórcio. Os dois têm uma filha, Rafaella Justus, de 4 anos – exibida na mídia como uma espécie de Suri Cruise nacional.

Leia a entrevista completa:

Virgula – Qual o maior desafio de lidar com competidores de temporadas anteriores?
Roberto Justus – O maior desafio é surpreendê-los. Como eles já participaram de outras edições, são mais confiantes, acham que conhecem o jogo. Do nosso lado, então, seremos mais exigentes, buscaremos tarefas inéditas e desafiadoras, exigiremos que eles trabalhem mais para provar que merecem essa segunda chance – além, é claro, do prêmio de R$ 1 milhão e do emprego com salário de R$ 20 mil em uma de minhas empresas.
 
V – O formato de reality show tem mostrado sinais de desgaste tanto fora do Brasil quanto aqui. Para você, como manter o modelo atual?
RJ – Nós fazemos um reality show de negócios, o qual reúne três fatores altamente atraentes: entretenimento, conteúdo/informação e drama. O programa também toca em um tema muito importante que é o emprego e como se comportar em uma entrevista ou seleção. As pessoas têm muita curiosidade em relação ao assunto, e isso é algo que não se esgota. O Aprendiz, além de entreter, oferece ótimas lições de marketing, negócios, recursos humanos e de como administrar a sua própria carreira. Já é um programa atual em sua própria essência, mas é claro que sempre buscamos novos desafios e recursos para torná-lo ainda mais interessante. Trazer de volta os antigos participantes faz parte desse processo.
 
V – Você se importa com a audiência? Olha os números, repensa o programa em função da audiência?
RJ – É claro que a audiência é importante. Buscamos um formato ágil, com situações inusitadas e que engajam não só os participantes, como o público. Mas a nossa prioridade é garantir conteúdo de qualidade que realmente faça a diferença na vida do nosso público.
 
V – O tema desta edição do programa é “A vida sempre te dá uma segunda chance”. Qual foi a segunda chance mais importante da sua vida?
RJ – Houve várias. Mas eu diria que duas delas foram mais marcantes. A primeira, quando deixei a sociedade de uma das agências mais proeminentes do país para abrir meu próprio negócio. Comecei com uma pequena operação com 30 pessoas, e, com menos de três anos, passamos a liderar o ranking das agências brasileiras. Atualmente, somos um grupo com sete operações muito bem-sucedidas. A vida também me trouxe a grata surpresa de iniciar uma nova carreira. Dessa vez, na TV. A estreia como apresentador foi justamente na primeira edição de O Aprendiz.
 
V – Que outras empresas e empresários você mais admira?
RJ – Admiro muitos empresários brasileiros. Mas, para ficar apenas no âmbito internacional, gostaria de entrevistar Warren Buffett e Bill Gates. Os dois estão entre os empresários que, acredito, têm muito o que compartilhar, tanto pela visão de negócios quanto pela preocupação filantrópica.
 
V – Você já declarou em entrevistas que quer ser o Donald Trump brasileiro. Quer ganhar seu primeiro bilhão? É um objetivo seu?
RJ – Graças a Deus, tenho um excelente padrão de vida, mas o meu objetivo não é entrar para a lista dos maiores bilionários do país. Ser citado, em pesquisas, como um dos líderes mais admirados do mundo pelos jovens brasileiros me traz muito mais realização.


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Pé no chão, Roberto Justus descarta ser bilionário e diz que prefere ser admirado