Os novos filmes de Paul Thomas Anderson, Terrence Malick e Brian de Palma comprovam a supremacia dos Estados Unidos na 69ª edição do Festival de Veneza onde o Leão de Ouro também pode ficar com representantes de França, Rússia ou Japão.

Entre os dias 29 de agosto e 8 de setembro, a cidade italiana voltará a abrir seus canais às estrelas de cinema em uma edição que, a priori, tem uma competição menos sobrecarregada que outros anos, mas que entre seus 18 aspirantes ao Leão de Ouro estão alguns dos mestres mais relevantes do cinema atual.

Depois da Palma de Ouro por A Árvore da Vida em 2011, o outrora exíguo Terrence Malick – que agora tem até três projetos engatilhados – falará de amor em Veneza com To The Wonder, protagonizado por Ben Affleck, Rachel Weisz e Rachel McAdams.

O diretor de Além da Linha Vermelha – com o qual conseguiu o Urso de Ouro em Veneza – tenta triunfar no único grande festival europeu que ainda não venceu, embora a concorrência seja dura, já que Paul Thomas Anderson surge como favorito com The Master.

Tendo como chamariz a volta de Joaquin Phoenix ao cinema convencional – há dois anos apresentou em Veneza o falso documentário sobre sua suposta decadência, I’m Still Here -, este drama intenso conta também com Philip Seymour Hoffman e Amy Adams.

O trio de ases americano, embora com uma coprodução entre França e Reino Unido, é completado por Brian de Palma, que ganhou o prêmio de melhor diretor na última vez que esteve em Veneza com Guerra Sem Cortes e agora retorna com Passion, com Noomi Rapace e Rachel McAdams.

Além dos três mestres, três ídolos adolescentes forjarão sua imagem adulta no festival: Zac Efron com At Any Price, dirigido por Ramin Bahrani, e Vanessa Hudgens e Selena Gómez em Spring Breakers, de Harmony Korine (roteirista do polêmico Kids)

Depois dos Estados Unidos, a França é o país com mais presença em Veneza, pois leva dois diretores famosos – Olivier Assayas apresenta Après Moi e Xavier Giannoli chega com Superstar , além de participar de cinco coproduções.

Por sua parte, o bloco asiático é representado pelo japonês Takeshi Kitano, com Outrage Beyond, o coreano Kim Ki-Duk, com Pietá, e o filipino Brillante Mendoza, com Thy Womb.

O cinema russo, habitualmente bem recebido em Veneza – na última década ganhou o Leão de Ouro com O Retorno, em 2003, e no ano passado com Fausto -, estará representado por Kirill Serebrennikov e seu Betrayal.

Fora da mostra oficial, será possível ver ainda os novos filmes de Robert Redford, Spike Lee, Jonathan Demme e Manoel de Oliveira.


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P.T. Anderson, Malick e De Palma chegam como favoritos no Festival de Veneza