Skyfall, o vigésimo terceiro filme de James Bond


Créditos: Getty Images

O ator britânico Daniel Craig sofre como nunca em 007 – Operação Skyfall, o novo filme da saga de James Bond, devido ao plano maquiavélico do vilão interpretado por Javier Bardem, cuja presença na trama foi tida como “uma bênção” para o próprio o agente 007.

“Sua contribuição é incrivelmente importante. Foi uma bênção tê-lo conosco”, afirmou o ator britânico em entrevista à Agência Efe. “É um dos melhores atores que existem. Ele não só construiu um grande personagem, como também criou um vilão brilhante. Sua habilidade como ator tornou isso possível e fez dele alguém aterrorizador. Não poderia estar mais contente de tê-lo a bordo”, acrescentou Craig.

No filme, que conta com direção de Sam Mendes, Bardem interpreta Raoul Silva, um personagem que põe em xeque a lealdade de Bond em relação a M (Judi Dench), a chefe dos serviços secretos MI6, cujo passado tem muito peso em uma trama que joga mais do que nunca com os laços íntimos e pessoais do agente ao Serviço de vossa Majestade.

“Javier é um encanto de pessoa e desfrutei de bons momentos estando com ele. Como ator, ele é incrivelmente criativo. Gosta de provar coisas novas, além de responder e inventar. É muito generoso nesse sentido. Talvez tenha pensado que estava louco quando lhe ofereci, mas foi genial que ele acabou fazendo”, declarou.

Craig, que, após 007 – Cassino Royale (2006) e 007 – Quantum of Solace (2008), participa de seu terceiro filme como Bond, também garante que este não será seu último na saga, já que possui um contrato para rodar pelo menos mais dois filmes.

“Foi uma aproximação diferente das duas primeiras. Queríamos começar do zero em certo sentido e, sobretudo, senti-la como própria. Aproveitamos o 50º aniversário da saga para retomar elementos antigos e dar mais sentido. Sentimos que é o adequado, e a experiência foi muito gratificante”, afirmou o britânico.

A crítica recebeu o novo filme da saga de forma muito positiva e, inclusive, o situou como o melhor dos três protagonizados por Craig, que, por sua vez, já consegue analisar de forma mais profunda a psique do espião.

“Sempre espero que o novo filme supere o anterior. Isso é uma constante em minha carreira. Sam criou algo de que estou muito orgulhoso e que me fez sentir muito bem. Meu objetivo sempre é melhorar e, se as pessoas falam que este é melhor que Cassino Royale, eu me alegro muito”, disse.

O ator britânico também é o sexto a dar vida ao célebre agente 007. Antes de Craig vieram Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnan, que, provavelmente, será superado em um futuro próximo por Craig em relação ao número de filmes protagonizados como James Bond.

“Adoro fazer Bond. É uma honra fazer parte da saga e todo processo me encanta, mas nem por isso é um trabalho cômodo para mim. Fazer um filme assim está muito longe de ser algo simples. Não posso relaxar com este papel, não posso tomá-lo superficialmente e, por isso, sempre exijo muito de mim mesmo. Quero que o seguinte seja ainda melhor”, declarou o ator britânico.

Craig, de 44 anos, espera não ter que aguardar quatro anos para lançar um novo filme de Bond como ocorreu com o de agora, mas também evita fazer prognósticos. Bond está há cinco décadas no cinema e já conta com 23 filmes, ou seja, a franquia mais longa da história do cinema.

“Fazemos filmes para o público, esse é o segredo. Sem os espectadores nada existiria e, por isso, tratamos de fazer o melhor produto e o mais excitante possível. Assim foi antes que eu chegasse e assim seguirá sendo”, sustentou.

Mas, chegará um momento no qual o ator de Cheshire terá que pensar em pendurar o fraque e a gravata e abandonar os martinis definitivamente.

“Sim, claro que vejo esse momento. Tenho que parar. Não será já, mas em breve. Tenho um par de filmes a mais para fazer, mas alguém terá que tomar o meu posto”, concluiu o ator.


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'Ter Javier Bardem em Skyfall foi uma bênção', diz Daniel Craig

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